Devir-bruxa. O afeto de uma manada
DOI:
https://doi.org/10.35588/rea.v1i32.4534Palavras-chave:
devir, bruxa, aquelarre, corpo, violência, MacbethResumo
Este artigo explora a reunião de mulheres conhecida como Sabbath no contexto da Caça às Bruxas Escocesa (1563-1736), por meio da peça A Tragédia de Macbeth (1606), de William Shakespeare. Propõe uma articulação política da figura da mulher/bruxa e revela seu impacto no tempo histórico dos homens que buscam o poder por meio da guerra. A partir da noção de "devir", proposta por Deleuze e Guattari, é possível propor um devir-bruxa, resistente à construção das mulheres como "outras"; ao mesmo tempo, revela um afeto que incorpora o caráter "malévolo" como agência de poder da matilha de mulheres. Ao reivindicar o coven como "cahuín", segundo a interpretação de Menard da sociedade mapuche, os laços entre as mulheres/bruxas durante a reunião possibilitam a produção de uma memória de vingança, impulsionada pelos corpos espectrais das mulheres queimadas na fogueira. As mulheres perseguidas durante a caça escocesa, ao se tornarem bruxas, propagam um mistério impregnado de sexualidade que encontra sua contrapartida no ministério que legaliza a prática da violência contra seus corpos.
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2020-07-17Publicado
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