
Número Atual

Revista Estudios Avanzados EstuDAv começa este 2025 contribuindo com uma riqueza de artigos sobre metodologias artísticas, análises de gênero, ecologia e migrações. Rachel de Oliveira e Debora Pazzeto concentram-se na decolonização da arte euroestadounidense. De un jeito dialógico e evocativo analizam espaços para a pluralidade nas artes; seguidamente Danilo Martuccelli propõe uma caraterização sobre o machismo latinoamericano assentado em bases históricas estruturais, nutrido da crítica ao seu imaginário e o análise em relação aos seus temores atuais. Posteriormente, Paola Vargas e Carolina Norambuena, a partir de um olhar crítico à cooperação internacional, complementada com uma perspectiva de gênero, expõem como formas imperiais perpetuam despois de analizar duas iniciativas de cooperação internacional. Seguidamente Martina Cayul, com seu trabalho sobre a estética gastronômica coreana em Patronato e sua multiterritorialidade examina a dinâmica socio-cultural-econômica de um bairro de Santiago, por meio da influência da migração coreana no Chile.
Já em outras latitudes e temáticas, Conrado Neves Sathler e Esmael Alves de Oliveira propõem uma crítica ao formato da Conferência Municipal de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, baseados nas contribuções do pensamento crítico e decolonial latinoamericano, concluem que, antes que o objetivo de formar técnicos em saúde, produzem subjetividades técnico-políticas e ciudadãs. Logo, Valeria Iñigo e Ana Spivak, em seu artigo «A água numa paragem norpatagônica» reconhecem como a disminução, falta ou insuficiência de agua encende a ação coletiva e faz protagônico a um ator, denominado como o agroganadeiro local.
Julieth Niño, por sua parte, no texto «Cartografias migrantes em dois romances latinoamericanos» reconhece imaginários surgidos de deslocamentos fronteiriços, que tornam essas zonas lugares ricos em sabedorias e narrativas. Leyla Méndez Caro em seu trabalho «Corpolugaridades de infâncias afro do Pacífico colombiano em Antofagasta, Chile» apresenta experiências de desapropiação e dominação cultural, racismos e resistências em espaços comunitários mediante um estudo de casos. Por último, Fernando Tula Molina ofrece uma cuidada resenha do livro Habitar como un pájaro de Vinciane Despret. Apresenta-se ante seus olhos todo um caleidoscópio de miradas desde nosso continente em diálogo e em análise crítico, que esperamos possa enriquecer seus trabalhos e proponha conversações através dele.